O impacto subjetivo do colonialismo e racismo em mulheres negras trabalhadoras domésticas

Adriana Souza Simões; Helena Barriga Mutran Klöppel; Isabella Almeida da Silva; Paloma Sá Souza Simões; Sandra Suely Moreira Lurine Guimarães

doi:10.33637/2595-847x.2023-217

Autores/as

Adriana Souza Simões Mestre em Linguagens e Saberes na Amazônia pelo Programa de Pós-Graduação em Linguagens e Saberes na Amazônia da Universidade Federal do Pará (PPLSA/UFPA). Integrante e Coordenadora auxiliar do Grupo de Pesquisa Filosofia Prática: investigações em política, ética e direito. Integrante do Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro-Brasileiros - NEAB, vinculado à UFPA Campus Bragança. https://orcid.org/0000-0002-6501-2411
Helena Barriga Mutran Klöppel Mestranda em Direitos Humanos pelo PPGD da Universidade Federal do Pará, vinculada à linha de pesquisa Estudos Críticos do Direito; Especialista em Direito Público pela Escola Superior do Ministério Público do Estado de São Paulo-ESMP/SP; Graduada em Direito pela Universidade da Amazônia-UNAMA; Integrante e coordenadora auxiliar do grupo de pesquisa Filosofia Prática: investigações em Política, Ética e Direito-FILPED, vinculado à Faculdade de Filosofia e ao Programa de Pós-graduação em Filosofia da Universidade Federal do Pará-UFPA. Integrante do grupo de pesquisa Subjetividades no Pensamento Contemporâneo, vinculado ao Núcleo de Pesquisa e Extensão Filosófica (NUPEF) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia-UFRB. https://orcid.org/0000-0003-1302-299X
Isabella Almeida da Silva Graduada em Direito pela UFPA; Integrante do Grupo de Pesquisa “Novas Formas de Trabalho, Velhas Práticas Escravistas”, vinculado à Faculdade de Direito, ao Programa de Pós-graduação em Direitos da Universidade Federal do Pará-UFPA e ao Centro Universitário do Pará-CESUPA; Analista Judiciário do Tribunal Regional da 8ª Região. https://orcid.org/0009-0007-3465-4116
Paloma Sá Souza Simões Doutoranda e Mestra em Direito pelos Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal do Pará (PPGD/UFPA), com ênfase em Estudos Críticos do Direito. Professora substituta da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Pará (FAD/UFPA). Integrante e Coordenadora Auxiliar do Grupo de Pesquisa Filosofia Prática: investigações em Política, Ética e Direito. https://orcid.org/0000-0002-6365-8657
Sandra Suely Moreira Lurine Guimarães Doutora em ciências sociais com ênfase em Sociologia pela Universidade Federal do Pará- UFPA; Professora da Faculdade de Direito e do Programa de Pós-graduação em Direito do Instituto de Ciências Jurídicas da UFPA; pesquisadora da Clínica de Enfrentamento ao Trabalho Escravo da UFPA. https://orcid.org/0000-0002-8835-7420

DOI:

https://doi.org/10.33637/2595-847x.2023-217

Palabras clave:

Servidão, Trabalho doméstico, Subjetividade, Sub-humanidade

Resumen

O estudo, por meio de uma pesquisa bibliográfica, discute um aspecto pouco debatido quando se trata de trabalho doméstico. Nos referimos aos impactos negativos que o colonialismo e o racismo produzem na subjetividade de trabalhadoras domésticas, que no Brasil são majoritariamente negras. Isto porque essa modalidade de trabalho tem suas raízes nas práticas escravagistas oriundas do colonialismo e perpetuadas pelo racismo. A discussão desenvolvida enfatiza especialmente as trabalhadoras domésticas cujas atividades laborais têm início ainda na infância sob a forma de servidão, na condição de “cria” da família que se beneficia do seu trabalho. Conclui-se que a construção de suas identidades é atravessada pela imagem que é socialmente construída com base no trabalho que executam, e que as colocam na posição de subalternidade e inferiorização.

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